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BNDES aprova financiamento de R$ 100 milhões para inovação genética na suinocultura

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 100 milhões para a Agroceres Pic Suínos investir na implantação da primeira unidade para produção de suínos de elite no Brasil, no município de Paranavaí (PR). O crédito viabilizará também produção de energia – a partir dos resíduos da produção – suficiente para atender à granja.

O projeto prevê a construção da “Granja Gênesis”, com capacidade para alojar em torno de 3,6 mil fêmeas de elite e produção estimada de até 110 mil animais por ano. Trata-se de plantel de mérito genético global – ou seja, que atende aos mais altos padrões de qualidade do mercado internacional – e atuação interconectada a outras unidades responsáveis pelo fornecimento mundial de material genético. O apoio do BNDES equivale a 30% do investimento total da empresa, que terá valor estimado em R$ 332,4 milhões.

De acordo com José Luis Gordon, diretor do BNDES, “o Brasil tem o desafio de ampliar seu protagonismo na produção de proteína animal, com cada vez mais sustentabilidade, qualidade e preço acessível”. “Para isso, é fundamental o investimento em novas tecnologias que viabilizem ganhos crescentes de produtividade, como é o caso do projeto da Agroceres de melhoramento genético de suínos”, disse Gordon em nota.

Exportações

Segundo o BNDES, na América do Sul, mercados como Chile, Colômbia, Equador e Peru são atendidos por materiais importados que poderão ser, a partir da Granja Gênesis de Paranavaí, fornecidos primariamente pelo Brasil. Assim também poderá acontecer com México, China e EUA. O projeto permitirá a redução de aproximadamente 20% no consumo de água e 30% no de energia, mais eficiência na produção de biogás e, consequentemente, bioenergia. Isso equivalerá a ser uma granja autossustentável em energia. Além disso, está previsto tratamento ambientalmente adequado a todos os resíduos gerados.

O grupo Agroceres, com sede em Rio Claro (SP), tendo sido pioneiro em projetos tecnológicos em genética vegetal e animal. A estrutura de produção está distribuída nos Estados de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais.

Fonte: Valor Econômico