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Pesquisa inédita pode revolucionar setor avícola com uso de óleo de pequi e baru na nutrição de aves

Óleo de pequi e baru na nutrição de aves? Conheça esta pesquisa que pode revolucionar setor avícola.

Projeto desenvolvido pela UFMT visa melhorar a qualidade animal e segurança alimentar na cadeia produtiva de aves, com a utilização de óleos funcionais extraídos do pequi e do baru na dieta de frangos de corte. Os pesquisadores escolheram os óleos funcionais de origem do cerrado devido ao seu poder antimicrobiano e sua capacidade de melhorar a flora intestinal dos animais. Confira!

Óleo de pequi e baru na nutrição de aves

Com a busca por alimentos de alta qualidade e a preocupação com a vida dos animais e o meio ambiente, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) está liderando uma revolução no setor avícola. Em um estudo inovador, a UFMT pretende utilizar, pela primeira vez, óleos funcionais extraídos do pequi e do baru na dieta de frangos de corte.

O projeto é liderado pelo docente João Garcia Caramori Júnior e pelo pesquisador convidado Jean Kaique Valentim, doutor em Zootecnia pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). De acordo com Valentim, o objetivo dos estudos é encontrar alternativas aos antibióticos melhoradores de desempenho que são usados atualmente. “Há uma busca constante por produtos alternativos aos antibióticos sintéticos utilizados em dietas de frangos de corte, de modo eficiente e sustentável, sem causar possíveis riscos aos animais e seres humanos“, diz o pesquisador.

Sobre as espécies escolhidas

Os pesquisadores escolheram os óleos funcionais de origem do cerrado devido ao seu poder antimicrobiano e sua capacidade de melhorar a flora intestinal dos animais, além de agirem como moduladores de microbiota intestinal e melhoradores do sistema imunológico. Atualmente, já se utilizam óleos funcionais extraídos do alho e tomilho, mas o uso das frutas pequi e baru é inédito. O projeto tem duração de 24 meses e deve começar ainda este ano.

Baru

O baru, também conhecido como cumbaru (nome científico: Dipteryx alata), é uma fruta nativa do Cerrado brasileiro, originária da árvore baruzeiro. Essa árvore é conhecida por sua grande altura e tronco largo, além de ser ameaçada devido à exploração excessiva de sua madeira de alta qualidade e resistência. O fruto do baruzeiro é protegido por uma dura casca, que encobre uma amêndoa de sabor semelhante ao amendoim e de elevado valor nutricional. O baru é apreciado por sua textura crocante e sabor marcante, tornando-se uma iguaria típica da culinária regional brasileira.

Pequi

O pequi (Caryocar brasiliense) é uma fruta típica do Cerrado brasileiro, conhecido por seu sabor único e adocicado. É cultivado principalmente pelas populações indígenas e pequenos agricultores na região, e é utilizado tanto na culinária quanto na medicina tradicional. Além disso, o pequi é rico em vitaminas e minerais, como vitamina C, ferro e cálcio, e é considerado uma boa fonte de proteína.

De acordo com Caramori Júnior, as expectativas para a execução da pesquisa são altas. “O incentivo financeiro para a condução experimental é uma forma de garantir melhores resultados para o trabalho. Buscamos obter apoio e interligação com outros grupos de estudo da UFMT para amplo aprendizado entre alunos de graduação, pós-graduação e professores”, finaliza o professor.

O projeto, intitulado “Melhoradores de desempenho sustentáveis de origem do cerrado na dieta de frangos de corte”, foi aprovado pelo Programa de Apoio à Fixação de Jovens Doutores no Brasil, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Com isso, a UFMT está levando a avicultura para outro patamar com seu ambicioso projeto de utilizar óleos funcionais extraídos do pequi e do baru na dieta de frangos de corte. Vamos aguardar os resultados desta pesquisa promissora.

Fonte: Agro News