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Agronegócio café é responsável pela geração de mais de 500 mil empregos diretos no Brasil

Grande player do mercado, maior produtor e exportador, o agronegócio café do Brasil também é responsável pela geração de 585 mil empregos, considerando o campo, a indústria e o comércio de café no país. Os dados fazem parte do mais recente estudo publicado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que avaliou o desempenho do setor na última década.

O documento que avaliou as principais áreas de produção de cafés tipo arábica e conilon, destacou que atualmente existem mais de 264 mil propriedades rurais de café no Brasil. No caso da indústria, existem 1.050 unidades de beneficiamento e 826 estabelecimentos comerciais atacadistas que são especializados na distribuição de café.

Os dados mostraram ainda que metade da produção está atualmente concentrada com área acima de 100 ha, esse montante representa 5% dos estabelecimentos agrícolas cafeeiros do país. Entre os perfis de fazendas, as pequenas propriedades são as que mais empregam. A região Sudeste aparece em primeiro no ranking, com 89,6% , sendo Minas Gerais, maior produtor de arábica do país, responsável por 70% do total nacional.

“O setor desembolsou R$ 1,44 bilhão em salários e remunerações. Apenas a indústria de beneficiamento pagou, em 2020, mais de R$ 760 milhões em salários e mais de R$ 468 milhões em encargos trabalhistas e sociais, totalizando um gasto com pessoal de R$ 1,23
bilhão. Isso contribuiu e levou desenvolvimento aos municípios onde o setor está instalado”, afirma a publicação.

Acrescenta ainda que a cadeia produtiva, campo e a indústria juntos, gerou mais de R$ 68 milhões de valor bruto de produção. Soma-se o superávit comercial de US$ 6,3 bilhões, que, se convertido em reais, utilizando o câmbio médio de R$ 5,40 por dólar no ano de 2021, origina uma divisa de R$ 34 bilhões, conforme destaca a publicação.

Agronegócio café é responsável pela geração de mais de 500 mil empregos diretos no Brasil
Publicado em 28/12/2022 17:36

Pequenas propriedades são as que mais empregam e Minas Gerais, maior estado produtor, responde por 70% do total nacional

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Grande player do mercado, maior produtor e exportador, o agronegócio café do Brasil também é responsável pela geração de 585 mil empregos, considerando o campo, a indústria e o comércio de café no país. Os dados fazem parte do mais recente estudo publicado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que avaliou o desempenho do setor na última década.

O documento que avaliou as principais áreas de produção de cafés tipo arábica e conilon, destacou que atualmente existem mais de 264 mil propriedades rurais de café no Brasil. No caso da indústria, existem 1.050 unidades de beneficiamento e 826 estabelecimentos comerciais atacadistas que são especializados na distribuição de café.

Os dados mostraram ainda que metade da produção está atualmente concentrada com área acima de 100 ha, esse montante representa 5% dos estabelecimentos agrícolas cafeeiros do país. Entre os perfis de fazendas, as pequenas propriedades são as que mais empregam. A região Sudeste aparece em primeiro no ranking, com 89,6% , sendo Minas Gerais, maior produtor de arábica do país, responsável por 70% do total nacional.

“O setor desembolsou R$ 1,44 bilhão em salários e remunerações. Apenas a indústria de beneficiamento pagou, em 2020, mais de R$ 760 milhões em salários e mais de R$ 468 milhões em encargos trabalhistas e sociais, totalizando um gasto com pessoal de R$ 1,23
bilhão. Isso contribuiu e levou desenvolvimento aos municípios onde o setor está instalado”, afirma a publicação.

Acrescenta ainda que a cadeia produtiva, campo e a indústria juntos, gerou mais de R$ 68 milhões de valor bruto de produção. Soma-se o superávit comercial de US$ 6,3 bilhões, que, se convertido em reais, utilizando o câmbio médio de R$ 5,40 por dólar no ano de 2021, origina uma divisa de R$ 34 bilhões, conforme destaca a publicação.

Mercados

O relatório destacou que o café do Brasil chegou em 149 mercados mundo afora no ano de 2021, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). As exportações representam cerca de 60% do volume da oferta agregada. O café verde em grão responde por mais de 90% do valor e volume exportado. O Brasil detém a liderança global nas exportações de café verde e é o segundo maior exportador de café solúvel do mundo.

Em 2022, os dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) mostraram que os embarques nacionais do produtos no ano ano civil (janeiro a novembro), o Brasil exportou exportou 36,057 milhões de sacas, com queda anual de 1,8%. A receita cambial, de US$ 8,504 bilhões, é recorde histórico para o intervalo, registra substancial crescimento de 55,1% em relação aos US$ 5,483 bilhões obtidos em mesmo intervalo de 2021 e já supera, inclusive, os ingressos totais alcançados em todo o ano passado.

Segundo a Fiesp, o Brasil é líder absoluto nas exportações, mas ainda existem muitas oportunidades em que o país pode avançar no exterior. “Para se ter uma ideia desse mercado, em 2020, segundo dados do UN Comtrade, a importação global de café (NCM0901, 210111 e 210112) foi de US$ 38 bilhões, dos quais em torno de 14% tiveram origem do Brasil”, destaca.

Os 15 maiores importadores globais representam cerca de 70% do valor total importado. Entre os principais mercados globais, o Brasil tem boa participação nos EUA (17%), Alemanha (25%), Itália (26%), Japão (25%) e Bélgica (39%).

“Ainda assim, há oportunidades para ampliar nossa participação nesses mercados, mas para isso necessitamos de uma maior rede de acordos tarifários para os produtos beneficiados, elevar a importação de café verde de outras origens para a formação de blends, entre outras ações que permita que o Brasil exporte mais produtos processados”, acrescenta.

Para o mercado interno, a Fiesp também acredita em boas oportunidades para o setor, que deve seguir estimulando novas formas de preparo no consumo tradicional dentro do lar, com praticidade, qualidade e experiência, assim como investir em estimular o consumo fora do lar.

Outro ponto de atenção, segundo a Fiesp, é a necessidade do setor em estimular às Certificações de Qualidade do Café e o aumento do consumo de todos os tipos de cafés tradicionais e especiais, com suas denominações por região geográfica e origem dos grãos.

Fonte: Notícias Agrícolas