O país autorizou a importação de carne bovina do Brasil, no último dia 23; Preços da arroba devem aumentar ao longo desta semana.
A Administração Geral de Alfândegas da China anunciou a autorização da importação dos produtos bovinos brasileiros, após quase 80 dias da suspensão da exportações para a gigante asiática, a informação chega logo pela manhã. A China volta a importar carne bovina brasileira e o mercado deve sentir os impactos positivos no curto prazo, com arroba podendo ir a R$ 350,00!
As informações já chegaram e começaram a movimentar o mercado. Os preços da arroba já haviam apresentando grande alta no mês de novembro, com a arroba retomando ao patamar de R$ 320,00/@ como referência. Agora, após a liberação das exportações para o maior mercado consumidor da carne brasileira, a China, devemos ter uma corrida as compras por parte das indústrias.
Os embarques de carne para a China foram suspensos depois da identificação de dois casos atípicos do mal da vaca louca no rebanho brasileiro. Após testes, a Organização Mundial de Saúde Animal confirmou que se tratavam de casos atípicos, sem risco de contaminação do rebanho ou contaminação a partir do consumo de carne
Entretanto, passado mais de 80 dias, o embargo somente agora foi retirado o embargo e anunciada a retomada das exportações para a gigante asiática.
Aguardamos a Nota Oficial do Ministério da Agricultura, que tem mantido negociações com as autoridades chinesas e oferecido, com celeridade, as informações solicitadas. No entanto, segundo a jornalista Kellen Severo, o retorno para as exportações brasileiras de carne bovina para o país asiático foram liberados. No acumulado deste ano, 56% de toda carne bovina do Brasil foi exportada para a China.
Com a volta da China, para quanto vai a arroba?
O boi desceu de tobogã em dois meses, sem China, e subiu de foguete em duas semanas, sem China. Mais um pouco o Brasil vai esquecer que o mercado exportador de carne bovina “vivia” para a China?
Brincadeiras à parte, a verdade é que para o produtor até poderia parecer – enquanto para os frigoríficos já chegam a mais de US$ 1,5 bilhão a menos em exportações -, se não lembrasse que se o maior comprador global do Brasil estivesse de novo às portas, o boi poderia estar nos R$ 350, pelo menos.
O animal gordo encosta nos R$ 320 em São Paulo, por exemplo, de onde chegou a R$ 250/255, dias depois de os chineses paralisarem as compras após os episódios de vaca louca atípicas, no comecinho de setembro.
Todas as réguas do mercado reforçam o viés de alta, como o indicador Cepea (mais 2,10% na sexta e hoje deve trazer mais ganhos) e as referências, Scot, Agrifatto e GPB Balizador Datagro (mais 1,84% na segunda).
A China iria acabar voltando às compras, não tem como escapar, mas os frigoríficos vão encarar os produtores mais robustecidos, com pastos começando a sair da terra, e com a oferta mais encorpada só para janeiro, no mínimo.
O estoque de confinamento bateu no chão, como já vem dando recado. Quando avaliamos o cenário atual, sem muitas delongas, só a um rumo para os preços da arroba e, com certeza, é o recorde de R$ 350,00/@.
A Rússia já foi o maior importador de carne bovina do Brasil
A Rússia removeu as restrições que mantinha desde 2017 para as exportações de carne bovina de um frigorífico brasileiro e habilitou outro para iniciar as vendas para lá. As autoridades russas oficializaram a decisão sobre as duas unidades no início desta semana e informaram pessoalmente a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, na última quarta-feira.
Os frigoríficos habilitados são o SIF 791, em Rolim de Moura (RO), e o 2911, localizado em Mirassol d’Oeste (MT). Poderão entrar na Rússia produtos fabricados nessas plantas, como carne, miudezas e gorduras bovinas, a partir da última terça.