São muitas as pragas que atacam os canaviais, mas nos últimos anos o Sphenophorus levis, conhecido pelos produtores pelo nome de seu gênero, Sphenophorus, tornou-se uma das pragas mais importantes da cana-de-açúcar em toda a região Centro-Sul do Brasil.
Leila Dinardo-Miranda e Higor Silvério da Silva, pesquisadores do Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC), explicam que as larvas do Sphenophorus broqueiam os rizomas, reduzindo o número de perfilhos e, muitas vezes, levando toda a touceira à morte, o que reduz significativamente a produtividade e a longevidade do canavial.
Produtores e pesquisadores são quase unânimes em considerar essa praga a mais preocupante dos canaviais, pois o seu controle é bastante difícil, já que ela passa grande parte do seu ciclo de desenvolvimento (ovos, larvas e pupas) protegida na parte subterrânea e nas touceiras.
Os adultos representam o único estágio do inseto que pode ser encontrado fora das touceiras, mas ficam protegidos sob torrões, colmos caídos e, principalmente, entre os colmos na base das touceiras. Não é incomum encontrá-los dentro dos rizomas, nas galerias feitas pelas larvas. Por causa disso, a ação de inseticidas químicos e biológicos tem sido bastante limitada.
Dadas as dificuldades em controlar a praga, os pesquisadores do IAC observam que o mais indicado é evitar sua introdução na área. Assim, é imprescindível utilizar mudas sadias na implementação de novas áreas e limpar adequadamente máquinas e implementos, incluindo as colhedoras, que após utilizadas em áreas infestadas podem carregar restos vegetais infestados.
Vale ressaltar que o inseto não voa e, até meados da década de 1980, ele estava restrito à região central canavieira do estado São Paulo, de onde se espalhou por meio de mudas infestadas.
Segundo Leila e Higor, depois que a praga foi introduzida em uma área, a melhor maneira de reduzir suas populações é destruir mecanicamente a soqueira infestada, na época seca do ano, e adotar o vazio sanitário por pelo menos 4 ou 5 meses. A destruição mecânica da soqueira mata os insetos por danos mecânicos e por expô-los à ação do sol e de seus inimigos naturais, enquanto no vazio sanitário, período em que área fica sem os hospedeiros da praga (no caso de Sphenophorus, os hospedeiros conhecidos são cana, milho, entre outras gramíneas), pode matar o inseto por inanição.
Se essas medidas forem muito bem executadas, a população reduz bastante, permitindo o plantio na área sem inseticidas no sulco. No entanto, se a destruição de soqueiras não for bem realizada ou o vazio sanitário for curto, é preciso complementar o manejo aplicando inseticidas no sulco de plantio.
Após a colheita das áreas infestadas, os pesquisadores recomendam a amostragem para estimar os danos (pela porcentagem de rizomas danificados). Em geral, os canaviais mais nobres (soca de primeiro ou segundo corte) são tratados mesmo com danos ainda numericamente pequeno (1% de tocos danificados). O tratamento consiste na aplicação de inseticidas químicos no corte feito na soqueira pelo cortador de soqueira. Na época chuvosa, alguns produtos podem ser aplicados em drench. Em qualquer caso, a eficiência desses tratamentos na redução dos danos está ao redor de 50%. “Inseticidas em soqueira são imprescindíveis para manter em níveis baixos a população da praga nos canaviais”, alertam os pesquisadores.
Inseticidas inovadores e de alta performance se tornam fundamentais para o controle eficiente do Sphenophorus
Mas para o controle químico ser eficiente é fundamental o uso de inseticidas inovadores, que controlem o Sphenophorus de forma eficaz, como é o caso de Zeus, desenvolvido pela IHARA. O produto é exclusivo e inédito no Brasil, com tecnologia de formulação nipo-brasileira, que apresenta efeito de choque e residual únicos, resultando em eficiência incomparável contra a praga.
Testes de campo com Zeus apresentam os seguintes benefícios do inseticida no controle do Sphenophorus levis:
– amplo espectro: controle efetivo de Sphenophorus e cigarrinha-das-raízes;
– controle de adultos e larvas, quebrando o ciclo da praga;
– alta sistemicidade: prontamente absorvido pelas plantas;
– solubilidade: menor dependência de umidade do solo para ser absorvido e translocado;
– velocidade: efeito de choque com rápido controle;
– residual prolongado: amplo período de controle;
– flexibilidade operacional: pode ser usado no corte das soqueiras ou aplicação localizada;
– maior produtividade do canavial.