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O que fazer para aumentar a produção leiteira sem aumentar custos?

O aumento da produção leiteira está relacionado à boa alimentação do gado leiteiro. Segundo Renato Fontaneli, pesquisador da Embrapa Trigo (Passo Fundo/RS), a alimentação é um dos principais fatores que compõem o custo do rebanho. O pasto, além de ser o melhor alimento para o gado de leite, também é a opção mais barata para o produtor.

No sul do país, onde a maioria dos produtores de leite tem pequenas propriedades, a solução é  intensificar a produção, isto é, aumentar os lotes com uma programação para produzir forrageiras ao longo do ano. “Essa é a escolha que o pecuarista precisa fazer para manter ou aumentar a produção de leite, disponibilizar pastagens de qualidade e em volume suficiente para o retorno animal”, destaca diz Fontaneli.

Além disso, de acordo com o pesquisador, “existem diversas alternativas de pastagens. O produtor precisa planejar uma rotação que seja adequada às necessidades do seu rebanho”. Portanto, planejar quais as espécies que se  vai cultivar, e, dentre essas espécies qual é a melhor cultivar, é a recomendação para minimizar os períodos de escassez, que é a transição entre os pastos de verão e inverno, o chamado vazio outonal.

Contudo, com a busca de um aumento na produção leiteira, tem-se motivado a procura de animais provados e com um alto potencial de produção, que também exigem boa nutrição e manejo. Uma das melhores maneiras é a adoção correta das técnicas alimentares especificas para cada fase do processo produtivo, dentre estas, as vacas secas, que por não estarem em lactação não aumentam diretamente o lucro líquido da propriedade e são às vezes, esquecidas pelos produtores.

No caso das vacas secas, o programa de manejo se inicia no próximo ciclo da lactação, exercendo uma grande influência na ocorrência de desordens metabólicas (Cetose, deslocamento de abomaso, síndrome da vaca gorda e febre do leite), na mudança da condição corporal, no fornecimento de nutrientes necessários ao rápido crescimento do feto e na otimização da reprodução na próxima lactação.

No início do período seco, que deve durar 60 dias, os animais podem ser alimentados com uma pastagem de boa qualidade, feno, silagem e ou a combinação destes, depois uma das medidas básicas a ser tomada é a elevação da densidade energética da dieta final do período seco (aproximadamente 21 dias antes do parto), aumentando conseqüentemente a relação concentrado/volumoso, compensando desta forma a redução do consumo de alimentos.

Nesse período, chamado de secagem, que consiste em interromper a lactação, proporcionar descanso à vaca ajuda a prepará-la para a próxima lactação. Os primeiros 60 dias após a parição são críticos para a saúde da vaca e para o sucesso econômico da lactação como um todo. Vacas recém-paridas enfrentam vários desafios que devem ser considerados e controlados, para que se possam ajudar a aumentar a produção leiteira.

Fonte: Revista Agropecuária