O impasse da China à carne bovina brasileira segue. Desde o dia 4 de setembro o país parou de comprar a proteína brasileira devido a um embargo após dois casos atípicos de vaca louca notificados em frigoríficos de Minas Gerais e Mato Grosso. Mesmo assim alguns exportadores enviaram cargas após esta data para cumprir contratos já firmados e pagos.
Estas cargas está paradas nos portos esperando a liberação da alfândega chinesa. Estima-se que sejam mais de 112 mil toneladas. A autoridade do país recomenda a retirada dessas cargas pelo Brasil e seu retorno ao país de origem mesmo com o produto já em falta na China. A tentativa agora é reencaminhar os contêineres para outros destinos na Ásia.
Uma das estratégias chinesas é baratear a carne brasileira, em alta no país. Os números parciais de exportação de outubro já estão mostrando uma queda de 9% em dólares no preço, em relação ao mês anterior. No entanto para o mercado brasileiro o preço segue elevado. A explicação está na redução do número de abates nos frigoríficos o que diminui a oferta e também o mercado interno é abastecido por cortes traseiros (carnes de primeira), enquanto os dianteiros (carnes de segunda) normalmente são voltados para a exportação. É justamente esse último que viu seu preço cair.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil embarca, em média, 8 mil toneladas de carne bovina por dia. Com o embargo chinês, a exportação diária caiu quase pela metade (4,5 mil toneladas). A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) manteve o status do Brasil de país com “risco insignificante” para a doença. Por se tratarem de casos atípicos, quando não há contaminação , o órgão considerou que os animais haviam sido atigindos de forma independente e isolada. Por isso, não apresentavam “risco para a saúde humana”.
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